quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sarau



Todas às segundas sextas-feiras do mês a Corrente Libertadora, realiza em sua sede um Sarau, onde são apresentados: poemas, prosas, crônicas, canções, entre outras formas de expressar sentimentos e ideais. Abordam-se inúmeros temas como: capoeira, suas lutas e conquistas, e representação cultural; além de assuntos também ligados a Cultura e História brasileira.

 
Um Sarau que tem o intuito de multiplicar, ensinar e principalmente aprender com as histórias e vivências de cada pessoa presente.

 
A Associação Cultural Corrente Libertadora (ACCL), além de disponibilizar a todas as pessoas a oportunidade de participar ativamente no seu Sarau, oferece entretenimento a todas às idades.


Algumas das atividades oferecidas: oficina de capoeira (em vários horários); marchetaria com madeira maciça (no desenvolvimento e fabricação de berimbal); percussão (com aulas 100% práticas); e muitas outras atividades culturais e sociais.

A Corrente, espera contar com sua excepcional presença em seus Sarais periódicos.
Rua Cerqueira César, nº185, em Santo Amaro. A partir das 19h.
Próximo Sarau: 19/11/2010.

Texto: Lilian Cruz.




Depoimentos de Alunos

                                                     Lucas Roschel. apelido:Beiço

Comecei fazer capoeira em 89 na Corrente Libertadora, na antiga Casa de Cultura de Interlagos, que hoje é uma delegacia.


Parei de treinar em 92; e retornei em 96, até hoje não parei. A capoeira me deu várias chances na vida aprendi muito ainda estou aprendendo; conheci muitas pessoas, fiz muitas amizades, a capoeira é um esporte de todos; e todos deveriam praticá-la porque é uma dança maravilhosa, um esporte que da gosto de aprender e viver e é do nosso Brasil.

Depoimentos de Alunos

                                                    Lilian Cruz. apelido :Chiquinha


No início, não sabia onde fazer o meu trabalho, assim como a maioria de meus colegas. Havia pensado em fazê-lo em creches, asilos e orfanatos. Como boa parte dos alunos já estava trabalhando com instituições deste gênero, foi então que comecei a procurar algo que realmente faria com prazer: encontrei a Associação Cultural Corrente Libertadora. A princípio, me sentia “uma estranha no ninho”. No entanto, com o passar dos dias, conheci a história de vida de cada criança e, ao perceber que as pessoas que ali estavam tinham um legado de luta para contar e ensinar ao próximo mudei o meu conceito. Não enxergava a dimensão do que esta atividade representa e como influência as pessoas, as quais tiveram todo tipo de experiência, tendo que lutar diariamente pela sobrevivência em busca apenas da dignidade e igualdade.

Depoimentos de Alunos


 Renato Oliveira. apelido:Estrelinha










Em 06/09/2001 entrei no clube da cidade para fazer uma coisa que já esta em meu sangue entre tantas outras atividades, meu olhar era só voltado para a CAPOEIRA, desde então estava entusiasmado com tudo aquilo; sempre foi o que eu quis fazer desde pequeno.

Quando cheguei lá no salão fui chegando de mansinho com vergonha bem eu não sabia NADA só sabia que era legal, pois bem, o mestre TIGRÃO ensinou os primeiros passos que foram ginga e os golpes básicos.

Depois de 2 semanas de treino todas as quartas e sextas-feiras, eu sempre chegava bem cedo, antes de todos até mesmo do mestre. Foi em uma sexta-feira chegou uma pessoa que tinha cordão alto, até então eu nem tinha entrado na roda essa pessoa se chamava ¨CAMON¨ fiquei com medo mais ao mesmo tempo fiquei feliz de ter realizado o que mais queria saber joga capoeira depois daquele dia todas quartas e sextas foi de treino com mestre Tigrão as vezes treinava sozinho mais nunca deixei de treina então chegou o batizado de dezembro de 2001.

Eu nunca tinha ido na capoeira no sábado logo quando fui foi no batizado um grande evento do ano de confraternização com alunos e pais ,quando eu vi tinha mais pessoas q eu nunca tinha visto pessoas q sabia mais movimentos do que eu nunca tinha visto uma roda daquela muita energia isso fez com q eu fosse nos outros sábados fiquei com aquilo na cabeça tenho q treina mais.Então começou a entrar novos alunos da minha idade Marcelo, Henrique, André, Welverson, Fagner, Renato. Ai que me deu mais entusiasmo de treino comecei a ir dia de sábado e tinha visto 2 pessoas da minha idade que já tinham cordão Fernandinha e Pixain, peguei amizade com todos e comecei a treina sério só treinava mortal e movimento o ano todo chegou em dezembro de 2002 fiz o exame pra pegar o primeiro cordão e passei fiquei feliz desde então fiquei muito alegre e não via a hora do batizado chegar. O dia mais esperado chegou ginásios 2 LOTADO de familiares minha família toda lá me vendo chegou a hora de ser batizado muito nervosismo.
Então depois de 5 pessoas q foram batizadas chegou minha hora, Prof MAGRÃO me chamou pra jogar ai fui na hora me levantei meu nervosismo acabou ñ escutava mais nada só a roda na minha frente corri fiz 3 flipes, mortal pirulitado cai bem pra frente da roda voltei e fiz mais um agulha e mortal esticado Magrão viu tanto mortal e fez um pulo do gato que um aluno dele jogou ele, agente fiz um jogo rápido ligeiro fiz uma armada e tomei um rodo!

Ali se concretizou mais de 1 ano de treino e dedicação. chegou a hora de pegar o primeiro cordão ,quem mais seria minha mãe q sempre esteve ao meu lado e me apoio sempre no começo na CAPOEIRA.Assim q ela deu o nó no cordão fiquei realizado e tive uma sensação única q nunca vou esquecer pro resto da minha VIDA.

Em 2010 completei 10 anos de corrente fiquei parado alguns anos mais sempre estava la participando . hoje em dia estou na ATIVA de novo participando de apresentações e eventos festivais batizados etc.
Me orgulho em dizer que minha personalidade foi criada quase toda ali tantos anos e tantas pessoas q passou por ali sei que é difícil lembrar de TODOS!!!
mais Q fique em PAZ aluno da corrente DOIDO e mestre MAURICIO sei que vocês estão nos vendo de algum lugar.

Obrigado por tudo.
História escrita por Renato Oliveira.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Revista Praticando Capoeira faz matéria sobre a Corrente Libertadora
                            

                                                      

                                  



                                 

Associação Cultural Corrente Libertadora surgiu em 1976 conduzida por Mauricio,de familia baixana de Floresta Azul,ao qual juntaram-se posteriormente seus irmãos Eufraudísio,Eufrásio(Tigrão)e Magnólia.

A partir de 1989,sob a coordenação de Mestre Tigrão,a Associação Cultural Corrente Libertadora começou a desenvolver trabalhos em diversas entidades públicas municipais e estaduais,como:Centro de Convivência Interlagos(Secretaria Municipal da Saúde);Centro Esportivo Joerg Bruder(Secretaria Municipal de Esportes);Escola Municipal de Deficientes Auditivo Anne Sullivan(S.M.da Educação);Casa de Cultura de Santo Amaro(Secretaria Municipal de Cultura);Escola Produtiva Morro Verde(Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo/FEBEM);Sociedade Amigos de Vila São Pedro;Centro Comunitário da Criança e do Adolescente(Liberdade);Projeto Quixote(PROAD-Escola Paulista de Medicina);Escola E.P.S.G"Pe.Tiago Alberione"(parceria com a BRASCRI-Associação Suiço Brasileira de Ajuda á Criança)Em 1991 no trabalho desenvolvido no Centro de Convivência,Mestre Tigrão adaptou os golpes e a ginga para serem praticados pelos deficientes físicos,mentais e auditivos.Com o passar do tempo,achou a metodologia tão eficiente que passou a utilizála no processo de ensino aos outros alunos.Por meio de linhas assinaladas no chão,os alunos aprendem a ginga,os golpes e as sequências,associados ao ritmo da música"Essa é a maneira dos alunos adquirirem noção de equilibrio:espaço,distância,direção e ritmo,aprendendo a técnica de cada golpe",afirma o Mestre.

Há cerca de dez anos,Mestre Tigrão iniciou seu trabalho no Centro Educacional Joerg Bruder,atendendo entre os alunos,deficientes físicos,auditivos e meninos em situação de rua.A partir de 1996,esse trabalho enriqueceu com a participação de dus terapeutas ocupacionais (Mércia e Irene), que criaram o projeto Integrar,estruturando o atendimento aos meninos e adolescentes em situação de risco,sistematizando uma rede de assistência.Hoje,são aproximadamente 650 pessoas que praticam capoeira no Joerg Bruder.além da capoeira,existe um acompanhamento em relação ao desempenho escolar e o relacionamento social deste aluno.Na medida do possível,é feito um atendimento psico-social,quando necessário,ao aluno e a sua familia.Nesse espaço os deficientes treinam junto com os alunos"Quando o deficiente pratica capoeira com as outras crianças sente que pode igualar-se a elas.Isso é muito importante para sua auto-estima,é uma forma de integrá-lo a sociedade".afirma Mestre Tigrão.As aulas são tipo de terapia,onde os alunos ficam "livres"para treinar,tocar instrumentos e cantar."O importante é que todos sintam-se bem aqui.Há uma amizade e respeito muito grande entre todas as pessoas.Um aluno ensina o outro e se por acaso alguma criança não está se sentindo bem para treinar naquele dia,tem todo o direito de ficar quieta ou participar de outras atividades(oficina com as terapeutas ocupacionais)"diz Tigrão.

O batizado da Associação Cultural Corrente Libertadora também é diferente.Em vez de Mestres batizarem os alunos,são os próprios alunos do grupo que batizam uns aos outros."Tudo acontece em clima de muita amizade,ninguém machuca ninguém",afirma o Mestre.Para desenvolver este trabalho Mestre Tigrão conta com o apoio de seu irmão Eufraudisio MOdesto Filho,da psicóloga Laura Maria JOrge Carvalho e de vinte e quatro instrutores integrantes do grupo,os quais são muito importantes,pois desenvolvem um trabalho de multiplicador,tanto em relação a técnica com á filosofia do trabalho.
                                   

Por Leticia C.de Carvalho(Revista Praticando Capoeira ANO 1 nº03,matéria de 2001)

Site Do Lado de cá promove oficinas da Corrente

Capoeira Corrente Libertadora no Periferia Ativa

A Associação Cultural Corrente Libertadora está realizando oficinas de capoeira com as crianças em situação de risco moradoras da comunidade da Godoy, Capão Redondo, zona sul de São Paulo, no projeto Periferia Ativa. Segundo Mestre Tigrão, “A capoeira é um esporte que mexe com o corpo e com a mente e ajuda na coordenação motora, flexibilidade, reflexo, destreza corporal, ritmo, defesa e ataque”.
A Associação Cultural Corrente Libertadora surgiu em 1976, desenvolvendo um trabalho com crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social na região sul da cidade de São Paulo, tendo como estratégia de intervenção o ensino e a prática da capoeira e a utilização da sua simbologia como interpretação da realidade social, tornando-se uma opção à sedução da rua.
A Associação, valorizando as ações preventivas, desde o sua fundação, desenvolveu núcleos de trabalho com a prática da capoeira em comunidades da periferia na região sul da cidade de São Paulo, constituindo-se em uma porta de entrada para o desenvolvimento de um trabalho de cunho educativo e cultural com crianças e adolescentes.